Os deslocamentos através dos espaços reconfiguram os mapas: os percursos mapeiam o espaço entre dois lugares, traçam mapas invisíveis formados por fluxos, oceanos, territórios, fronteiras. As mesmas linhas que tornam visíveis os movimentos migratórios desenham as fronteiras que dividem os países. Surge então um mapa fragmentado, onde os mares são zonas de passagem e aproximação entre continentes e fronteiras são abstrações geométricas que dividem espaços contínuos.
Mapa-mole: fluxo (2021) é uma instalação feita a partir de desenhos recortados em couro sintético. Cada uma das peças mostra o espaço entre dois continentes: América do Sul e África; África e América do Norte; América do Norte e América do Sul. Embora a representação da geografia dos continentes seja reconhecível, são as tiras que os conectam que se expandem no espaço, construindo uma espacialidade do espaço entre (in-between).
MAPA-MOLE (FLUXO) Recortes em couro sintético e barras de latão 250 x 140 x 200 cm (cada) 2021
Fotos de Tiffany Danielle Elliott