1- O que se pode entender do mundo através dos mapas? O que os mapas nos dizem sobre convenções e representações do mundo?
2- Por que em desenhos de mapas predominam linhas horizontais e verticais onde uma superfície tridimensional do globo da Terra é projetada, seguindo uma lógica Cartesiana?
3- A linha do Equador marca a divisão simbólica entre Norte e Sul do mundo. Mais do que uma linha em um mapa, representa uma região na Terra onde fenômenos ocorrem: “Pot-au-noir” ou a “zona de convergência intertropical” faz com que a região da Linha do Equador sofra de marasmo de ventos ou tempestades repentinas.
O que aconteceria se a Linha do Equador se projetasse concretamente sobre a Terra, partindo a Terra em 2 partes, onde nem o Norte nem o Sul existisse?
4- Qual o sentido político de uma divisão do mundo entre hemisférios norte e sul?
5- Para além de um pensamento relacionado aos espaços físicos da Terra e suas projeções em forma de mapas, o tempo ou a duração dos ciclos é outro vetor a ser relativizado.
Como pensar sobre a duração dos ciclos, a duração dos dias e das noites, senão através da própria relatividade do tempo?
6- Como pensar as cidades através do desenho de seu urbanismo? De que modo os mapas de cidades podem levar a um pensamento sobre outras cidades possíveis?
7- De que modo as utopias podem nos fazer pensar em outras representações de mundo ou em uma outra ordem das coisas?
Ensaio sobre uma ordem das coisas – exposição individual no Goethe-Institut Porto Alegre (Brasil), de 10 setembro a 17 de outubro de 2015.